quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Aonde está você?

Eu queria entender o que me deixa assim: aérea, sensível, carente... Queria saber quem é você que aparece em meus sonhos e não me deixa reconhecer sua face e o que você tem para me mostrar. Queria entender por que assim, do nada, eu sinto um vazio imenso, impreenchível, um vazio que não sei de ou por quê vem; um sentimento de saudade, de nostalgia, um coração apertado e olhos lacrimejantes. Queria entender por que ainda estou sozinha e por que quem eu tenho não me basta. Falta você em mim, você pra mim.
E nas noites e dias longos e fico me sentindo assim. Sinto falta do enigmático, do desconhecido, o que eu espero que esteja por vir, mas que nem sei se vai, de fato, chegar. E eu queria saber quem é essa pessoa, o que é esse sentimento para então, poder correr atrás, lutar.
Porque quando eu sinto sua presença distante, sua presença ausente, seu calor que arrepia, eu sinto que eu tenho asas, que eu sou livre e que tudo o que eu preciso eu encontro em você, como você. Você me basta.
Eu queria descobrir os seus olhos, e com as mãos trêmulas e os lábios pulsantes, te tocar e carinhosamente, te beijar. Eu queria poder velar o seu sono e cuidar para que seus sonhos me tivessem... Eu queria que as lágrimas que agora rolam por minha face te trouxessem pra mim, de onde quer que você esteja. Eu queria te olhar, te encontrar...
E ao sentir o teu amor eu largaria tudo só para vivê-lo e meu coração se encheria de alegria e daria pulos dentro do meu peito a cada volta tua e se apertaria toda vez que você partisse. Porque o que eu quero sentir, o que meu coração precisa sentir se chama amor.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Juvenis

Era verão.
O sol estava sempre escaldante e a brisa do mar nos convidava à praia a todo instante.
E tinha você.
Uma criança, um menino bobo louco para descobrir o mundo.
Um pirralho desses bem malas, que vivem se achando, que gostam de torrar a paciencia de todo mundo (parece que nasceram para isso), que não sabem nada de nada mas pensam saber tudo e ainda querem botar banca.
Esse era você.
Viramos amigos. Eu era uma espécie de "conselheira", amiga que ouvia tudo, dava dicas. Dicas sobre a vida, sobre as mulheres, sobre sexo.
Sexo quando você ainda nem sabia o que isso era, mas estava morrendo de vontade de descobrir.
E descobriu.
Não comigo.
O que aconteceu entre a gente foi mais superficial, mas não menos intenso. Ao contrario, muito mais intenso.
E tudo o que eu tinha te falado, todas as dicas, tudo, você usou para conseguir o que queria comigo.
Vai ver era exatamente isso que eu queria.
Você me olhava com cara de safadinho, pedindo com os olhos o que você sabia muito bem que só eu faria.
E fazia. Porque queria,porque gostava.
Você me fez sentir tão viva. Você me fez sentir adrenalina, medo de ser descoberta.
Você era a incerteza e o perigo que eu precisava.
E eu adorava!
Você estava sempre pronto e isso me deixava louca.
Bom era eu não sentir ciume de você com as outras.
De saber que finalmente, você estava descobrindo o mundo.
E nada entre a gente mudou. Era todo dia igual, como se nada nunca tivesse acontecido.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dúvida do dia

Dúvida do dia:
Por que todo homem vê mulher como uma boneca inflável pronta para o sexo?
Eu não sou uma, PORRA!

Eu não quero só transar por transar. Eu não preciso disso!
Eu não quero um lance barato na minha vida. Não outro...
Eu quero alguém bacana. Normal. Alguém que não ligue só de dormir ao meu lado, assistir um filme, conversar, sei lá... mas que não veja o sexo como um dever, uma obrigação e sim como consequencia.

Mas deve ser DIFÍIICIL entender isso.

Eu posso parecer casca grossa, insensível, liberal de mais ou qualquer coisa do tipo, mas eu tenho sentimentos. E só porque não sou uma menininha bobinha, fresquinha, meiguinha isso não significa que eu deixei de ser mulher e que eu queira coisas que todas as outras mulheres querem.

Ahh... faz um favor: vão se ferrar, homens babacas!

Mudança

Alguma coisa está acontecendo.
Não! Eu não estou me apaixonando!
Eu ando aérea, desencanada. Nem ligando.
Cansei de estresse (fazia meu cabelo cair).
Cansei de ser pau pra toda obra.
Cansei de correr pra um lado e pra outro, enlouquecendo, enquanto todo o resto pouco se importava com o que estava acontecendo ou com o que estava acontecendo comigo.
Resolvi, resolvendo, que queria outra vida.
Vida nova!
Joguei as memórias (se é que isso é possivel... mas pelo menos as deixei de lado, resolvendo esquece-las).
Apaguei os e-mails antigos.
Apaguei as mensagens do meu celular (pelo menos algumas).
Decidi falar mais "não". Afinal, eu não preciso ser boazinha com todo mundo o tempo todo.
Cansei das satisfações, das responsabilidades extremas... responsabilidades que nem minhas eram.
Cansei de bancar a boazinha... de ser exemplo, de ser boa aluna...
Joguei a toalha.
Percebi que queria (e deveria) matar mais aulas, principalmente aquelas que me matam.
Decidi me dedicar mais aos amigos, aos passeios e baladas com eles. Sabe por que? Porque por mais que queiramos, amigos não são eternos (com raras exceções)... assim como nossas vidas se cruzam do nada, elas tbm se "descruzam" e daí o que fica são os bons momentos que vivemos juntos. E pra mim é isso que ta importando agora.
Resolvi passar a madrugada dançando e bebendo, ainda que no outro dia eu não consiga acordar pra ir pra aula, ou que eu ainda esteja cansada da noitada passada.
Andei chegando em casa com o sol brilhando (ou pelo menos, nascendo), com a cabeça leve leve ainda sob efeito do alcool e com os pés doendo de terem se equilibrados em saltos altos a madrugada toda.
Mas quer saber?
Foda-se!
Eu não estou nem ligando.
Por enquanto é disso que eu to precisando, é isso que eu estou querendo e é disso que eu estou gostando.

domingo, 5 de setembro de 2010

Coragem covarde

“Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.”

Caio Fernando Abreu

Transição

O que sinto agora é uma mistura de dor, felicidade e alívio.
Rezo para que esse seja o fim de toda a amargura e o início de uma história muito mais feliz e bonita.
Inevitável são as lágrimas... mas com elas já estou me acostumando.

Novo começo


Eu quero um novo começo.
Uma nova história.
Uma nova vida.
Eu só quero ser... feliz!

Espelho quebrado


Algumas coisas na vida são como espelho quebrado. Por mais que tentemos concertá-las, elas nunca voltam a ser como eram. E aí, o melhor é se livrar delas antes que acabem por nos machucar.

sábado, 4 de setembro de 2010

Do meio da multidão, surgiu você

Era uma tarde promissora. O sol brilhava forte e a tarde seria de micareta. Estava com duas amigas e queríamos aproveitar muito, nos divertir. Não fomos com grandes pretensões. De fato, nos divertimos, pulamos, dançamos, cantamos, rimos (e como rimos). E como é normal numa micareta, garotas devem tentar "sobreviver" às avançadas dos homens. Mas eu nunca poderia imaginar que no meio de uma multidão eu encontraria você.
Você chegou, me abraçou... e sem nem ter me beijado, disse que namoraria comigo.
Não te dei muita moral, arrumei uma desculpa e saí.
Mas de novo você me encontrou.
Seus amigos falavam que você tinha falado de mim a tarde inteira e então eu pensei: "pode ser mentira, mas também pode ser verdade. Não me custa arriscar."
E então cedi.
Os sinos não tocaram, o mundo não parou.
É claro que isso não existe, mas não foi nada demais.
Você pediu meu contato, anotou-o nos dois braços. E não é que a gente se falou msm?
Combinamos de sair... você se deslocou 2 horas para me ver... Abriu a porta do carro pra mim e isso me conquistou mais um pouco, olhava para mim pedindo meus beijos, quis marcar outro encontro. Marcamos. Dessa vez foi diferente, nos encontramos já era noite alta, você estava com seus amigos e percebi que queria curtir a noite com eles. Mas eu queria você. Eu estava lá por você!
Fui embora sem te achar de novo, sem me despedir... não era assim que eu queria, tinha imaginado tudo diferente para aquela noite...
Tentamos combinar outros encontros, você me conquistava um pouquinho mais a cada vez que falava coisas do tipo "estou sempre disponivel para você", "quero ir te ver, o que você acha?", "quando é que eu vou experimentar o seu novo piercing?". Mas isso nunca aconteceu... não nos vimos mais, agora quase não nos falamos. É uma pena!
Você me devolveu, ainda que por alguns instantes, a alegria dos meus dias de menina apaixonada, você me fez sorrir abobalhada, desejar falar com vc, me fez sentir gelinho na barriga quando a sua janelinha subia...
Eu não sei o que aconteceu... talvez simplismente não era para ter acontecido e eu entendo isso, mas não posso negar que não sinto por isso.
Então quero que saiba, que você foi uma das melhores coisas que me aconteceu nos ultimos tempos.

Desapego


O desapego é tema de muitas doutrinas religiosas, filosofia de vida... Mas prefiro pensar em desapego como sendo o caminha natural para a felicidade, só isso (se é que isso é só...).
Não me refiro ao desapego material, em particular. Mas falo do desapego emocional, do desapego sentimental... Isso, contudo, não significa frieza.
Desapego é sentir a vida por momentos, aqueles pequenos momentos.
É querer se alimentar daquilo que te faz feliz,
aceitar que coisas, pessoas, relacionamentos ou o que quer que seja, não são eternas, não duram para sempre... simplismente acabam. Não porque não tenham sido boas o suficiente, não porque não tenha existido comprometimento o bastante... simplesmente porque tudo o que vem, um dia vai. É a ordem suprema da natureza.
A busca pelo desapego diminui dores, diminui sofrimentos... e ao final você perceberá que é quando nos desapegamos é que mais somos felizes com o que estamos vivendo porque aceitamos o que as coisas são tal como elas são, sabemos que a felicidade não reside na questão da eternidade, mas sim na liberdade de se buscar a plenitude dos sentimentos, das emoções, das sensações e da própria vida.
É quando nos esvaziamos de tudo que nos cerca e de nós mesmos que conseguimos ver mais além.
É no silencio (e muitas vezes silencio que lacrimeja) que encontramos as respostas que precisávamos...
É no desapego que encontramos a liberdade da vida...
O que quero dizer é que quando nos desapegamos de tudo e de nós mesmos é que encontramos o que realmente importa, o que realmente precisamos na vida.
Deixar ir e deixar vir, como as ondas do mar... é nisso que consiste a felicidade e leveza de espírito. É isso que eu quero, todos os dias.

Quando tudo mudou...



Tudo estava bem... ou estava bem na medida do possível, mas eu não tinha grandes preocupações, grandes medos, grandes inimizades, não sentia ódio de ninguém, nem nada do tipo... Eis que tudo mudou, como se os planetas estivessem se desalinhado, como se o mundo tivesse virado de cabeça para baixo, como se um monte de coisas que faziam parte da sua vida, boas ou ruins, tivessem resolvido desabar sobre a minha cabeça. E na história eu assumi o papel de culpada.
Eu comecei a ser responsável por uma vida que não é a minha. Começaram a me falar que tudo o que acontecia de ruim naquela vida e para as vidas que cercavam essa vida em questão era minha culpa. Começaram a falar que eu tinha criado ilusões, expectativas... E eu fiquei sem entender.
Não entendi porque tudo o que eu me preocupei em fazer até então era justamente não criar ilusões, expectativas. Eu reforçava todos os dias não ser o centro daquela vida, não ser a razão para a existencia de ninguem, eu falava inscansavelmente que queria ser feliz, livre... Como então é que eu sou culpada por tudo isso? Como é que aconteceu isso?
Sei que errei em muitas coisas, mas sempre deixei minha posição clara.
Eu decidi então, não querer mais saber dessa vida. Sim! Eu a abondonei, não quero mais ter notícias, não quero sequer vê-la por aí. E quando fiquei firme nessa posição comecei a enxergar novas linhas, linhas de um novo horizonte.
Se na vida tudo começa, também tudo se acaba. E quando o prazo vence, o melhor a se fazer é deixar ir, para que outras coisas possam vir.
EU SÓ QUERO SER FELIZ!