Os meus textos ainda são seus.
Ainda é sobre você que eu escrevo.
E sabe o que isso significa?
Que você é quem ainda vive dentre de mim, que você é a minha lembrança mais doce, o meu sonho mais querido, o meu desejo mais latente.
E veja bem, o tempo já passou, muita coisa mudou, mas aqui, neste universo eternamento mutável a única coisa que permanece, mesmo com o passar do tempo, é você.
Mas saiba, eu não vou me declarar -mais uma vez. Eu não vou te visitar - mais uma vez. Eu não vou fazer nada. E não me chame covarde, porque não o sou. Só quero me libertar de você, da sua lembrança, do seu sorriso, da sua presença, porque, por mais que seja difícil para mim admitir eu sei, nós nunca vamos existir. Seremos sempre você... e eu, separados, nunca juntos. E por saber que é assim que será - sempre - eu quero viver o novo, quero esperar pelo outro, quero trocar a roupa, mudar a música... Não pense que me despeço de ti sem nenhuma dor ou temor - elas existem e são fortes dentre de mim - mas, ao mesmo tempo eu sinto que tem um mundo inteiro de amor e possibilidades me esperando do lado de fora de ti.