Ontem eu estava assistindo ao CQC e no quadro "Documento da semana" o assunto era o casamento gay, que foi liberado recentemente na Argentina. A questão da reportagem era: no Brasil, o casamento gay deve ou não ser liberado também? Você é contra ou a favor?
A reportagem questionou pessoas na rua, membros representantes de igrejas, artistas... Não preciso dizer que muitas pessoas ainda são contra, principalmente aqueles que se ligam diretamente ou de forma mais íntima com a Igreja e que os artistas acham que deve ser liberado.
Mas aqui eu quero abordar um outro lado da situação, o lado menos prático, eu diria. Não quero falar diretamente da liberação ou não do casamento gay quero falar do amor. E veja bem, do amor, não do amor gay, porque amor gay não existe. Amor é amor aqui ou lá na China...o amor é o mais nobre dos sentimentos e é o que boa parte da população mundial, se não toda ela, busca a vida inteira: amor verdadeiro. Amor é a força maior da vida, é a felicidade compartilhada por dois (ou mais, porque o amor não é quantitativo). O amor é, como disse Luiz Vaz de Camões "fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente". Eu acho que o amor é exatamente isso, exatamente assim. É essa contradição que nos corrói sem entendermos, é a saudade de ficar longe da pessoa amada, longe daquela que não se pode viver (e veja outra contradição do amor), o amor é o que te consome a alma e o coração e que mesmo que seja quente e ardente, tantas e tantas vezes dolorido, é aquilo que te faz bem, que te deixa feliz e que te faz ser alguém melhor.
Quem vai entender o que nem coração e nem alma entendem?
Se amor fosse simples e fosse fácil de encontrar, o mundo não seria como é hoje, não sofreríamos como sofremos hoje e tampouco estaríamos doentes por falta de amor, loucos à procura do amor...
Mas o ponto que eu quero é: o amor é nobre demais para se interessar por sexo, raça, cor, crença ou qualquer outro tabu e paradigma feitos pela ignorância humana. O amor é independente, é a essência de toda a beleza, é entidade superior ao tempo. O Amor não escolhe quando deve acontecer, muito menos por quem vai se amar... O amor é mesmo um sacana e parece desafiar tudo que o que um dia nos foi dito, ensinado. O amor não acontece porque um homem e uma mulher estão disponíveis, pensam de forma parecida e são astrologicamente compatíveis, pode ser que quando o amor resolva aparecer e acontecer seja em situações diametralmente opostas à essa: eles podem pensar diferente, ter gostos diversos e na teoria o Universo não aceita bem aquela combinação... mas perto do amor o que é o Universo?
O amor é um sacana!
Mas o que seria de nós sem ele?
O amor é a força irresístivel, é a contracorrente... é impossivel lutar contra. Quando ele acontece, simplismente acontece, e tudo o que parecia complexo parece ser mais simples do que o simples fato de respirar... involuntário, inexplicável. Amor.
E quando o amor chega para duas pessoas, quem pode dizer que está certo ou errado? Porque ainda desafiamos o inevitável, o implacável e inevitável amor verdadeiro entre duas pessoas?
E se Deus é amor e o amor chega à qualquer um, independente de qualquer outra coisa, então quem escolheu assim foi Deus, o próprio amor.
Se apaixonar e amar é um processo que acontece entre as almas, entre as essências e a casca que se apresenta de nada vale, afinal ela não é nada mesmo. E quem pode se contrapor à este fato?
E se o casamento é a oficialização e celebração dos mais belos dos sentimentos, da força mais poderosa do Universo e sendo esta força existente e possível entre qualquer pessoa independentemente de qualquer outro fator banal (porque é assim que as coisas ficam perto do amor), quem pode se contrapor?
Qualquer negação sobre isso se apresenta como hipocrisia, ignorância, preconceito e egoísmo. E disso já estamos fartos... o mundo é o que é hoje e tem todos os seus problemas por decorrência deles.
Deixemos, pois, o remédio do amor sarar as feridas da alma, do coração e principalmente, da mente.
E deixemos quem amamos livre, pois o amor é livre. E na verdade, o amor só é amor, se for livre.
Se o meu coração palpitar, escreverei. Se meus olhos se encherem de lágrimas, escreverei. Se a saudade apertar, escreverei. Se o amor bater à minha porta, viverei.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Explicação ou esclarecimento
Antes de iniciar uma nova fase aqui no blog eu tenho que esclarecer o que pode não ter ficado muito claro. Embora os posts anteriores tenham sido em versos, os versos não são muito a minha praia. Digo, eu gosto de poesia, mas não sou boa neste tipo de composição. Eu uso a escrita para me expressar, sobre o que acontece no mundo, ou seja, aquilo é mais amplo e de interesse maior, ou sobre aquilo que acontece em meu mundo, em minha vida, que é mais particular, pessoal e não interessa há nínguém além de mim (pelo menos deveria ser assim.
Em outras palavras, pode ser sim que você encontre textos em versos por aqui. E eles tratam (pelo menos os que até agora escrevi aqui) da minha vida particular. Mas você também irá encontrar meus pensamentos, minha opinião, minha forma de ver a vida, o mundo, as pessoas e isto tampouco te interessa, afinal são coisas que saem da minha cabeça, é a forma que eu levo a minha vida e você tem todo o direito de concordar, discordar, gostar ou odiar. De toda forma, seja bem-vindo à este meu mundo particular, porque se o exponho é porque desejo que o conheçam e porque apesar de ser particular pode muito bem ser também o particular de outras pessoas. São pontos de vistas, opiniões, como eu já disse, e isso tudo é recorrente.
Em outras palavras, pode ser sim que você encontre textos em versos por aqui. E eles tratam (pelo menos os que até agora escrevi aqui) da minha vida particular. Mas você também irá encontrar meus pensamentos, minha opinião, minha forma de ver a vida, o mundo, as pessoas e isto tampouco te interessa, afinal são coisas que saem da minha cabeça, é a forma que eu levo a minha vida e você tem todo o direito de concordar, discordar, gostar ou odiar. De toda forma, seja bem-vindo à este meu mundo particular, porque se o exponho é porque desejo que o conheçam e porque apesar de ser particular pode muito bem ser também o particular de outras pessoas. São pontos de vistas, opiniões, como eu já disse, e isso tudo é recorrente.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Mulheres e Homens: amigos
Mulheres
e
Homens.
Amigos.
Conversam, debatem...
Falam de música,
política,
literatura,
cinema
e
sexo.
As vezes se encontram
tomam umas e outras
e se olham.
São amigos
e se gostam.
Ela é das Humanas.
É sincera
dá risada alta
tem os olhos azuis
e o cabelo claro.
Gosta de gente
de homens
de sexo.
Ele é das Exatas
mas tem tino pras Humanas.
É inteligente
gosta de história,
cinema,
música.
Toca guitarra.
Gosta de mulheres
e de sexo.
É charmoso
mas não tem nada de incomum
talvez seja o tudo que signifique.
Se conheceram na escola
tinham 11 ou 12 anos.
Crianças.
Cresceram e continuaram
amigos.
Quase nunca se veem
mas tem algo que nunca os deixa distantes.
O que passa pela cabeça dele
não se sabe.
Homens são bichos um pouco complicados.
Mas ela pensa:
"É amigo, mas eu pegava!"
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Desabafo
Isso tudo de te querer e não ter me consome.
A noite acabou.
No outro dia acordei feliz
e senti algo que pensei não pudesse existir
E essa coisa aconteceu de novo quando te vi.
E outra e
outra
vez.
Mas você não me olhou...
Fingiu não me ver.
E quem viu fui eu.
Vi pessoas rindo, falando, apontando.
Pessoas que não conhecia,
estranhos.
Fiquei pensando:
De que é que elas falam? O que fiz de errado?
E sem conseguir resposta
chorei
e te odiei.
Odiei o modo como você me beijou
e depois me esnobou
Odiei cada centímetro da tua mão
que me tocou
Odiei o seu sorriso (tão lindo) de menino.
E depois passou.
O vento levou,
o mar apagou.
Mas
de repente
voltou.
A coisa aconteceu de novo
Meu coração disparou
e quando notei
eu estava te querendo [de novo].
Não tive.
Não tenho.
E você é só uma criança
.
.
.
A noite acabou.
No outro dia acordei feliz
e senti algo que pensei não pudesse existir
E essa coisa aconteceu de novo quando te vi.
E outra e
outra
vez.
Mas você não me olhou...
Fingiu não me ver.
E quem viu fui eu.
Vi pessoas rindo, falando, apontando.
Pessoas que não conhecia,
estranhos.
Fiquei pensando:
De que é que elas falam? O que fiz de errado?
E sem conseguir resposta
chorei
e te odiei.
Odiei o modo como você me beijou
e depois me esnobou
Odiei cada centímetro da tua mão
que me tocou
Odiei o seu sorriso (tão lindo) de menino.
E depois passou.
O vento levou,
o mar apagou.
Mas
de repente
voltou.
A coisa aconteceu de novo
Meu coração disparou
e quando notei
eu estava te querendo [de novo].
Não tive.
Não tenho.
E você é só uma criança
.
.
.
sábado, 10 de julho de 2010
Platonice

Tem alguém
que tornou o céu mais azul
e a grama mais macia.
Ela tem a primavera desenhada no rosto
e a aquarela nos olhos
azul, rosa, roxo, preto...
Fez das manhã algodão doce
e das noites, tormentas.
Tem o sorriso aberto, largo e sincero
gosta de xadrez
do furado
e do rasgado
e carrega uma estrela no peito.
Me fazia rir
Me fez amar
e agora me falta
e continua a fazer das minhas noites
tormentas
e tornou a vida
saudade.
Estamos distantes
e a vida agora
é nova
com outro significado.
Mas sou eu quem posso fazê-la feliz
e se não
declaro guerra!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Sem contexto

Se te escrevo é porque significou.
Mas não deveria.
Era tudo pele
desejo
afinidade
Nunca passou de vontade.
Não! (não era pra ter passado)
O telefone tocava e era você
Não tinha rodeios
Nunca teve conquista.
Você vinha
sem contexto
(como foi na primeira vez)
e ia
a mando do relógio e compromissos.
Mas entre uma coisa e outra
a gente se olhava
se abraçava
(as vezes até ria)
você me tocava, desejava
e eu ardia.
A noite emendava o dia
e eu queria
(não era pra querer)
você.
E então acabou.
Sem contexto.
Sem por quê.
Não nos vimos
e eu te detestei.
E quando você surgiu
de novo
sem contexto
eu ri
e me orgulhei.
Soube que [finalmente]
tínhamos um contexto.
Que tudo nunca foi nada.
Neguei.
Provoquei.
E pensei:
"te mato de vontade
se outra vez você aparecer
sem contexto."
E tudo sempre foi nada.
Nossa história em versos

Era adolecente, menina quando você surgiu
Veio do nada, como se tivesse caído.
Fiquei...
Ficamos...
e ficou...
foi ficando...
e quando vi
estava me apaixonando.
Amou
Amei
Nos amamos...
de todos os jeitos, com todas as intensidades,
com outros cheiros e sabores
e em todos os lugares.
Me aventurei
Enlouqueci.
Era o primeiro.
E quando notei
o calor tinha esfriado
os delírios, cessado.
Abri os olhos e vi.
Acabei.
...bamos.
Choramos.
Cada um por si.
Mas você não parou
Ainda me amou
Ama.
E eu não te esqueci.
Sofri.
Não esqueço...
porque você é parte [de mim] daquilo que sou.
Amor.
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